Painelistas do webinar.
16/10/2020

A Sofis Solutions lançou a série de webinars "Sistemas de Informação Educativa" - Parte Um

Montevidéu, 16 de outubro de 2020.

No âmbito do Ciclo de webinars "Sistemas de informação educacionais", organizado pela Sofis Solutions, realizou-se o primeiro encontro virtual denominado "Enfoque de gênero nos sistemas de informação educacionais", onde os palestrantes convidados abordaram a importância de aplicar uma perspectiva de gênero que permita a construção de uma dimensão integral no desenho, desenvolvimento e implementação de programas e políticas públicas, que contribuam para reduzir a desigualdade de gênero no âmbito educacional. 

Na quarta-feira, 14 de outubro de 2020, foi realizado o primeiro webinar denominado "Enfoque de gênero nos sistemas de informação educacionais", com o objetivo de gerar um espaço de diálogo e mostrar a importância de construir sistemas de informação baseados em uma perspectiva de gênero. Este encontro virtual contou com a participação de especialistas em gênero, entre eles, a Lic. Violeta Muñoz, gerente de Gênero e Inclusão Social do FOMILENIO II, a Lic. Cristina Tello, especialista em Gênero da Sofis Solutions e o Eng. Federico Mejer, consultor especialista sênior em Educação do Banco Mundial, União Europeia, UNESCO, UNICEF e BID, que por meio de sua experiência e trabalho na área da Educação abordaram diferentes enfoques em torno desta importante temática, entre eles: o gênero como categoria de análise social, as variáveis básicas necessárias para a análise e a importância de contar com sistemas de indicadores na educação.

A primeira intervenção foi realizada pela Lic. Cristina Tello, especialista em Gênero da Sofis Solutions, que iniciou sua apresentação explicando conceitos básicos da perspectiva de gênero, por que é importante aplicá-la e como as estatísticas educacionais com perspectiva de gênero se concentram em detectar e identificar problemas e obstáculos enfrentados por mulheres e homens no âmbito educacional.

"... É de suma importância incluir uma perspectiva de gênero desde o desenho dos sistemas de informação, esta deve responder a diferentes perguntas, baseadas em algumas variáveis básicas que permitam identificar a existência da desigualdade de gênero. Entre as variáveis que precisam ser incluídas na análise podem ser mencionadas: os dados pessoais (número de identificação existente ou gerado através do sistema, data de nascimento, sexo, estado civil, endereço de residência urbano/rural e a composição do núcleo familiar) e os dados educacionais (nível educacional cursado) e a defasagem escolar (repetentes). Esta informação contribui para gerar soluções para problemas detectados das possíveis desigualdades de gênero de forma oportuna, para o desenho de políticas públicas", afirma a Lic. Tello.

Por outro lado, compartilhou como foi incluída a perspectiva de gênero no Sistema de Informação para a Gestão Educacional Salvadorenha (SIGES), sistema de informação do Ministério da Educação de El Salvador, implementado com o apoio técnico e financeiro do FOMILENIO II e da Corporação Desafio do Milênio (MCC, sigla em inglês), desenvolvido sob a consultoria da Sofis Solutions. Para isso, a Lic. Tello destaca: "... Um dos pontos que me parece importante no desenvolvimento do SIGES é que conta com uma base de dados única, na qual a informação é organizada em torno dela, e através deste tipo de arquitetura permite realizar cortes de gênero de cada uma das variáveis e fazer o acompanhamento de uma pessoa dentro de sua perspectiva educacional. Além disso, o desenho do SIGES teve ênfase especial no ODS 5 Igualdade de gênero, para fornecer ao Estado e à sociedade salvadorenha uma fonte de informação que sirva para monitorar suas metas". 

Para finalizar sua participação, a Lic. Cristina Tello apresentou alguns dados estatísticos não oficiais extraídos do SIGES, entre eles, o uso do tempo que corresponde a uma das dimensões que mede o sistema de informação, pois possui perguntas específicas implantadas para revelar informação oportuna para a tomada de decisões. Por exemplo, identificar a quantidade de estudantes que trabalham conforme sua idade e gênero, quantidade de estudantes que trabalham por zona geográfica e gênero, a quantidade de estudantes grávidas por idade e estado civil; além disso, é possível identificar, através de um mapa georreferenciado, as zonas onde esta variável se encontra. 

A segunda intervenção foi realizada pela Lic. Violeta Muñoz, gerente de Gênero e Inclusão Social do FOMILENIO II, que expôs algumas considerações iniciais sobre gênero e sua categoria de análise social, a qual corresponde ao ponto de partida para gerar os sistemas de informação. Outro dos pontos tratados foi a importância de uma educação não sexista ou coeducação, assim como alguns elementos importantes da educação aplicados à análise de gênero e, por último, destacou a intervenção na área da Educação por parte do FOMILENIO II. 

No caso dos sistemas de informação, a Lic. Muñoz menciona: "É importante contar com um bom sistema de informação educacional, assim como uma análise de gênero, que não se concentre apenas em obter dados desagregados por sexo, este deve contribuir para a análise das desigualdades de gênero e para a tomada de decisões, assim como identificar os fatores associados ao gênero que afetam a presença das meninas nos centros educacionais, seu desenvolvimento e a geração de violência por parte dos meninos. Os sistemas de informação são chave e, no caso do FOMILENIO II, são de suma importância, caso disso é o atual sistema de informação do SIGES, onde podemos integrar dados estatísticos da situação de cobertura do abandono, permanência das meninas e adolescentes, mães grávidas, assim como a situação de violência nos centros educacionais. Estes são alguns elementos aplicados de maneira prática na educação". 

Além disso, apresentou a intervenção do FOMILENIO II que teve como objetivo melhorar a qualidade da educação e incrementar as competências dos jovens para sua inserção no mercado de trabalho, que se focaram em 8 departamentos, 40 municípios e 349 centros educacionais em El Salvador. Entre as áreas de intervenção em educação encontra-se o desenho e implementação do Plano da Política de Gênero do MINED, a melhoria nos ambientes escolares: construção, substituição e reabilitação de centros educacionais e a melhoria dos sistemas de informação do MINED, especificamente a implementação do SIGES. 

Por outro lado, a Lic. Violeta Muñoz compartilhou algumas descobertas importantes encontradas no primeiro "Estudo Nacional sobre a percepção da violência de gênero e violência sexual enfrentada pelos estudantes do terceiro ciclo e ensino médio dos centros educacionais públicos e privados", realizado em 2018 pela Universidade Centro-Americana José Simeón Cañas (UCA) e ONU Mulheres em El Salvador para o FOMILENIO II. Este estudo fornece uma linha de base sobre dados que são importantes no contexto do país e as violências existentes no âmbito educacional. 

Para concluir sua intervenção, a Lic. Muñoz apresentou um exercício sobre a feminização do magistério em El Salvador, aplicado ao SIGES, que revela dados-chave sobre a categoria de gênero, entre eles que foram geradas maiores oportunidades de empregabilidade para mulheres no setor público, mas ao mesmo tempo considera-se uma extensão da função doméstica e educadora que exercem as mulheres, onde se considera que são mais apropriadas para continuar o processo educativo para meninas, meninos e jovens. 

Dessa forma concluíram as primeiras duas intervenções das palestrantes convidadas ao webinar "Enfoque de gênero nos sistemas de informação educacionais", organizado pela Sofis Solutions, que convida a ficar atento à próxima publicação que conterá a participação do Eng. Federico Mejer, consultor especialista sênior em Educação do Banco Mundial, União Europeia, UNESCO, UNICEF e BID.

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